O desejo nos prende; a aspiração nos liberta.
Quando desejamos, nós procuramos aumentar as nossas capacidades a fim de desafiar os outros, a fim de derrotar os outros, a fim de nos tornarmos senhores sobre os outros e a fim de fazer o mundo sentir que estamos a alguns centímetros – senão a alguns quilometros – à frente dele. Quando aspiramos, não choramos apenas pela nossa própria perfeição, mas também pela perfeição dos outros. A aspiração faz o papel da unicidade, a qual nada mais é do que a própria perfeição. Quando permanecemos no mundo comum, o mundo não aspirante, o mundo-desejo, tentamos agradar e satisfazer apenas a nós mesmos. Mas quando estamos no mundo-aspiração, tentamos agradar a Deus. Se pudermos agradar a Deus pela força do choro interior do nosso coração, veremos e sentiremos dentro de nós o Amor, o Cuidado, a Luz e a Paz de Deus – tudo o que Deus tem e é.
A Paz-meditação
Pode não apenas aniquilar
A inquietação da sua mente,
Como também libertar a sua vida
Da noite-desejo.
Do livro de Sri Chinmoy, A Jornada Alma da Minha Vida – Meditações diárias para inspirar as suas manhãs em todos os dias do ano.